29 de outubro de 2007
Meu amigo, psicologo e crítico de cinema - Paulo Flausino. É isso ae...
Podemos ver o que seus olhos vêem?
por Paulo Flausino
Postado em Eureka
Revendo o convincente documentário “Janela da Alma”, testemunhei uma frase inesquecível que dizia, mais ou menos, assim: “Apesar de enxergar bem sem óculos, eu sentia falta do enquadramento. Acho que a visão é mais seletiva de óculos”. Nesse mesmo instante pausei o vídeo, desliguei o monitor, fechei meus olhos, olhei para dentro e… algo aconteceu. Inspirei profundo e… algo se moveu. Dessa vez encontrei? Será? Sim! Não há mais duvida. Do imenso e profundo mar que é o inconsciente, emergiu um entendimento súbito (insight)!
Finalmente entendi um mistério que sempre me rondou, um enigma que sempre me incomodou! Que olhos são esses, que os diretores têm e que mais ninguém tem? Que visão de mundo é essa? Visão que, como um arpão, nos atravessa a alma, dilacera-nos os conceitos, reformula-nos as idéias e nos prende a algo único e fascinante que é o sentimento da transcendência, a sensação de sair de si, o poder de alcançar o outro, a proeza de transpor nossa limitada realidade! Através do trabalho deles podemos ser outras pessoas e viver outras histórias! Conhecer outros lugares e entender outras paragens!
É claro que não estou me referindo a Michael Bay’s e Tim Story’s da vida, que alastram o mundo cinematográfico com produtos descartáveis e renegam o potencial do cinema como arte e como canal de crescimento cultural e intelectual. Ali me referia a senhores como: Charles Chaplin, Orson Welles, Steven Spielberg, Sergei Eisenstein, Federico Fellini, Martin Scorsese, Stanley Kubrick, Peter Jackson, Woody Allen e “George Lucas”. Todos esses senhores são, em minha opinião, gênios incontestáveis sendo que cada um deles tem suas próprias particularidades que os engrandecem ou os apequenam dependendo de que contextos forem julgados e avaliados.
Voltando àquela grande questão: “Que olhos são esses, que somente eles têm, que mais ninguém tem? E mesmo que eles se diferenciem, um do outro, em vários e vários aspectos, o que todos eles têm em comum? O que? Hein?” Inspirado pelas palavras que grifei naquela frase citada no primeiro parágrafo, atrevo-me a dizer que sei o que liga a todos eles; o que os fazem manter um elo eterno de um para com o outro e os diferencia de todo o resto (nós)! Vamos pensar… “Elementar, meus caros Watsons Rapaduras!” Nada mais simples… Nada mais eficaz e diferenciador em nossas vidas e em nossa sociedade!
OLHAR COM A ALMA!!! Sim! Olhar com alma… Isso simboliza dar um significado profundo e singular para cada visão do dia-a-dia, isso representa valorizar a cada tomada que seus olhos venham a fazer! Com essa premissa de vida, eles conseguem a proeza de utilizarem suas visões SELETIVAS, de seus sensos de grandiosidade, de suas profundas admirações pelo belo e pela vontade irresistível de arrebatar e transportar multidões e mais multidões para o ENQUADRAMENTO da vida, que só eles conseguem vislumbrar e entender em profundidade real!
por Paulo Flausino
Postado em Eureka
Revendo o convincente documentário “Janela da Alma”, testemunhei uma frase inesquecível que dizia, mais ou menos, assim: “Apesar de enxergar bem sem óculos, eu sentia falta do enquadramento. Acho que a visão é mais seletiva de óculos”. Nesse mesmo instante pausei o vídeo, desliguei o monitor, fechei meus olhos, olhei para dentro e… algo aconteceu. Inspirei profundo e… algo se moveu. Dessa vez encontrei? Será? Sim! Não há mais duvida. Do imenso e profundo mar que é o inconsciente, emergiu um entendimento súbito (insight)!
Finalmente entendi um mistério que sempre me rondou, um enigma que sempre me incomodou! Que olhos são esses, que os diretores têm e que mais ninguém tem? Que visão de mundo é essa? Visão que, como um arpão, nos atravessa a alma, dilacera-nos os conceitos, reformula-nos as idéias e nos prende a algo único e fascinante que é o sentimento da transcendência, a sensação de sair de si, o poder de alcançar o outro, a proeza de transpor nossa limitada realidade! Através do trabalho deles podemos ser outras pessoas e viver outras histórias! Conhecer outros lugares e entender outras paragens!
É claro que não estou me referindo a Michael Bay’s e Tim Story’s da vida, que alastram o mundo cinematográfico com produtos descartáveis e renegam o potencial do cinema como arte e como canal de crescimento cultural e intelectual. Ali me referia a senhores como: Charles Chaplin, Orson Welles, Steven Spielberg, Sergei Eisenstein, Federico Fellini, Martin Scorsese, Stanley Kubrick, Peter Jackson, Woody Allen e “George Lucas”. Todos esses senhores são, em minha opinião, gênios incontestáveis sendo que cada um deles tem suas próprias particularidades que os engrandecem ou os apequenam dependendo de que contextos forem julgados e avaliados.
Voltando àquela grande questão: “Que olhos são esses, que somente eles têm, que mais ninguém tem? E mesmo que eles se diferenciem, um do outro, em vários e vários aspectos, o que todos eles têm em comum? O que? Hein?” Inspirado pelas palavras que grifei naquela frase citada no primeiro parágrafo, atrevo-me a dizer que sei o que liga a todos eles; o que os fazem manter um elo eterno de um para com o outro e os diferencia de todo o resto (nós)! Vamos pensar… “Elementar, meus caros Watsons Rapaduras!” Nada mais simples… Nada mais eficaz e diferenciador em nossas vidas e em nossa sociedade!
OLHAR COM A ALMA!!! Sim! Olhar com alma… Isso simboliza dar um significado profundo e singular para cada visão do dia-a-dia, isso representa valorizar a cada tomada que seus olhos venham a fazer! Com essa premissa de vida, eles conseguem a proeza de utilizarem suas visões SELETIVAS, de seus sensos de grandiosidade, de suas profundas admirações pelo belo e pela vontade irresistível de arrebatar e transportar multidões e mais multidões para o ENQUADRAMENTO da vida, que só eles conseguem vislumbrar e entender em profundidade real!
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