3 de dezembro de 2007

How can you look at me as if I was just another one of your deals??

Romeo and Juliet

The Killers



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14 de novembro de 2007

Manche menschen ändern sich nie

The Edukators...

Já tinha me ganhado por muitos motivos, mas trilha sonora incluindo Jeff Buckley foi pra fechar com chave de ouro.

Baseado na velha e conhecida luta de classes, luta pelos direitos iguais e distribuição igualitária de renda, e também associado as também velhas "neuras" urbanas - falta de segurança, policia repressora e corrompida em favor dos detentores do poder (aquisitivo, o verdadeiro poder), o filme conta a história de três jovens alemães que estão fartos da "ditadura do capital".

Sob o título de "The Edukators", realizam invasões para fragilizar, desestruturar, principalmente psicologicamente, familias abastadas da cidade de Berlim, lhes mostrando que a vida não se resume somente no consumir para viver.

Mas (sempre existe um mas), nem tudo sai como deveria. De sequestro não planejado a um triangulo amoroso que surge inesperadamente, a vida desses jovens nunca mais voltaria ser o que era.

Além disso, ainda da para deliciar-se com a paisagem... If you know what I mean.


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2 de novembro de 2007

Pop Life


DAVID GUETTA - LOVE IS GONE

Essa música tem tudo pra entrar o verão nos tops das paradas de todas as radios do Brasil. David Guetta foi apresentado ao Brasil com o seu primeiro hit The world is mine e desde então tem sido um dos meus djs preferidos. Uma canção alto astral, agitada e pesada, tem a cara do baladeiro de plantão brasileiro que adora a noite eletrônica e que está antenado nos chart lists internacionais.

O CD novo do cara, o Pop Life, já pelo título nos dá uma idéia do rumo que o compositor quer dar na sua vibe. Numa versão remixada por Joachin Garraud, a música fica mais pesada e viajada, agradando aos ouvidos e fazendo balançar até o cara mais durão que eu conheço. Também está nesse CD um outro top da lista - LOVE DON'T LET ME GO. Simplesmente demais.

Deixo com vcs o clipe de Love is Gone. É isso aí.


Postado por Gui Veríssimo às 22:07 | 0 comentários  
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1 de novembro de 2007

No creo en brujas, pero que las hay, las hay!

SANTA IGNORANCIA
por
Guilherme Veríssimo

Numa tarde de calor intenso, muito trabalho em pleno feriado de Finados e horas a fio de musica eletronica na veia, o que pode acontecer de coisas inusitadas é simplesmente sem explicação. No dia dos Mortos, as bruxas estao soltas.

Tomando apenas um fato que me deixou meio boquiaberto, venho a este espaço para tentar encadear algumas ideias. Sobre relacionamentos, é claro.

Claro que meus segredos ficaram parcialmente velados... motivos de segurança pessoal. Mas o que resultou desde acontecimento é o que vem a seguir.

Sentados frente a frente, na proximidade de um kbps, discutem sobre a vida: incrível como um olhar poderia dizer muito mais. Porém as mãos trabalham apressadas, não deixando vírgulas para tras. Nesses momentos, um lapso do desatento digitador pode transformar pingo em letra. Um ambiente frio, eu diria. Mas capaz de provocar paixões, desejos e discórdias. Cada palavra tem que ser cuidadosamente escolhida, em frações de segundo, pois depende dela o outro, que impacientemente troca janelas, conversa com mais alguns amigos e de quebra põe algumas músicas que o distraiam enquanto espera ansioso respostas de amigos virtuais.

Estaria também contando a alguém aquilo que lhe parecia um primeiro desentendimento por questões tão banais a um terceiro ou quarto interlocutor, ávido para meter o bedelho onde não lhe interessava, apenas pelo prazer de opinar na vida alheia?

O problema era que viviam em mundos diferentes. E para piorar, ainda compartilhavam de um terceiro mundo como intermediador, como ponte, para o entendimento mútuo. O choque que resultou era inevitável. Não se pode apenas dar um par de asas para um lagarta. Para que ela voe, é necessário muito mais que o instrumento... Consequentemente, as experiências diferenciadas de cada um fazia de um uma lagarta gorda e desesperada por cada vez mais devorar pequenas ou grandes folhas verdes, verdíssimas de preferência. Cada vez mais gorda, cada vez mais pregada ao chão! De que adiantava um par de asas?

Como de costume nesta época do ano, um temporal se armava... mas este muito mais destruidor que o normal. Raios neurocerebrais punham em colapso toda a capacidade de compreensão fatual deste nosso desprivilegiado alguém, que sentado, não podia esboçar nada além de uma fúria animal que o determinava a atacar, contra-atacar ou fugir... sem ao menos saber do que. Como não era um felino selvagem, apto a abocanhar o jantar e destroça-lo em segundos, reagiu como a maioria dos animais que se sentem ameaçados: fugiu!!!!

Corria tão rápido que o próprio coelho atrasado da Alice ficaria perplexo.

E nem ao menos teve paciência para saber o verdadeiro motivo daquela discussão que se metera, e que por limitações intrínsecas, o fizera uma pobre vítima da própria ignorância.
Postado por Gui Veríssimo às 21:09 | 0 comentários  
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I can't wait...


Postado por Gui Veríssimo às 17:19 | 0 comentários  
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Ly... Luv-ya



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29 de outubro de 2007

Meu amigo, psicologo e crítico de cinema - Paulo Flausino. É isso ae...

Podemos ver o que seus olhos vêem?
por Paulo Flausino

Postado em Eureka


Revendo o convincente documentário “Janela da Alma”, testemunhei uma frase inesquecível que dizia, mais ou menos, assim: “Apesar de enxergar bem sem óculos, eu sentia falta do enquadramento. Acho que a visão é mais seletiva de óculos”. Nesse mesmo instante pausei o vídeo, desliguei o monitor, fechei meus olhos, olhei para dentro e… algo aconteceu. Inspirei profundo e… algo se moveu. Dessa vez encontrei? Será? Sim! Não há mais duvida. Do imenso e profundo mar que é o inconsciente, emergiu um entendimento súbito (insight)!

Finalmente entendi um mistério que sempre me rondou, um enigma que sempre me incomodou! Que olhos são esses, que os diretores têm e que mais ninguém tem? Que visão de mundo é essa? Visão que, como um arpão, nos atravessa a alma, dilacera-nos os conceitos, reformula-nos as idéias e nos prende a algo único e fascinante que é o sentimento da transcendência, a sensação de sair de si, o poder de alcançar o outro, a proeza de transpor nossa limitada realidade! Através do trabalho deles podemos ser outras pessoas e viver outras histórias! Conhecer outros lugares e entender outras paragens!

É claro que não estou me referindo a Michael Bay’s e Tim Story’s da vida, que alastram o mundo cinematográfico com produtos descartáveis e renegam o potencial do cinema como arte e como canal de crescimento cultural e intelectual. Ali me referia a senhores como: Charles Chaplin, Orson Welles, Steven Spielberg, Sergei Eisenstein, Federico Fellini, Martin Scorsese, Stanley Kubrick, Peter Jackson, Woody Allen e “George Lucas”. Todos esses senhores são, em minha opinião, gênios incontestáveis sendo que cada um deles tem suas próprias particularidades que os engrandecem ou os apequenam dependendo de que contextos forem julgados e avaliados.

Voltando àquela grande questão: “Que olhos são esses, que somente eles têm, que mais ninguém tem? E mesmo que eles se diferenciem, um do outro, em vários e vários aspectos, o que todos eles têm em comum? O que? Hein?” Inspirado pelas palavras que grifei naquela frase citada no primeiro parágrafo, atrevo-me a dizer que sei o que liga a todos eles; o que os fazem manter um elo eterno de um para com o outro e os diferencia de todo o resto (nós)! Vamos pensar… “Elementar, meus caros Watsons Rapaduras!” Nada mais simples… Nada mais eficaz e diferenciador em nossas vidas e em nossa sociedade!

OLHAR COM A ALMA!!! Sim! Olhar com alma… Isso simboliza dar um significado profundo e singular para cada visão do dia-a-dia, isso representa valorizar a cada tomada que seus olhos venham a fazer! Com essa premissa de vida, eles conseguem a proeza de utilizarem suas visões SELETIVAS, de seus sensos de grandiosidade, de suas profundas admirações pelo belo e pela vontade irresistível de arrebatar e transportar multidões e mais multidões para o ENQUADRAMENTO da vida, que só eles conseguem vislumbrar e entender em profundidade real!
Postado por Gui Veríssimo às 22:56 | 0 comentários  
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21 de outubro de 2007

So what game shall we play today?

Postado por Gui Veríssimo às 00:48 | 0 comentários  
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20 de outubro de 2007

Rock na veia!

Pô!!! Demais o show cara.

É nóis, Bruninho...

TOOOCCAAAAAA RAAAAUUULLLLLLLLL!!!!!!!!!!!!!!

Postado por Gui Veríssimo às 09:44 | 0 comentários  
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POR ISSO QUE GOSTO DOS MEUS AMIGOS!

"Eis que em breve nos separaremos, minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia, eu agora sei, eu sou só, eu e minha liberdade que não sei usar... mas eu assumo a minha solidão, sou só e tenho que viver uma certa glória intima e silenciosa, voar no teu nome em segredo... preciso de segredos para viver

E eis que depois de uma tarde de quem sou eu? e de acordar a uma hora da madrugada no desespero, eis que as 3 horas da madrugada acordei e me encontrei... fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação, simplesmente eu sou eu, você é você... é lindo, é vasto, vai durar, eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida, mas por enquanto olha para mim e me ama, não, tu olhas para ti e te amas, é o que está certo" (Clarice Lispector)

Lygia... vc sabe que veio a calhar esse trecho da Clarice né. Afinal, não existem coincidencias não eh mesmo????? Luv-U-hon.

Postado por Gui Veríssimo às 00:47 | 0 comentários  
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16 de outubro de 2007

Desmitificando Deuses

Mostra nos EUA traz close-ups 'extremos' de celebridades; veja

ADRIANA STOCK
De Nova York
Atores e atrizes célebres como Angelina Jolie, Brad Pitt e Robert De Niro foram capturados de perto pelas lentes do fotógrafo alemão Martin Schoeller nos últimos nove anos.

O resultado desses close-ups extremos, próximos o suficiente para se identificar rugas e fios de cabelo nas narinas, está sendo agora exibido em uma galeria em Beverly Hills, Califórnia.

Entre as cerca de 70 fotografias, estão retratos de outros artistas como Meryl Streep, Jack Nicholson, Cate Blanchett, Jim Carrey e Will Ferrell.

Martin Schoeller
Angelina Jolie em foto de Martin Schoeller
VEJA OUTRAS FOTOS DA MOSTRA
Músicos, esportistas e políticos também estão retratados na mostra, entre eles Jon Bon Jovi, Eminem, Marilyn Manson, Sting, Britney Spears, Kelly Slater, John McEnroe, Barack Obama, Al Gore e Arnold Schwarzenegger.

Índios

Os rostos dos famosos aqui são registrados sem nenhuma expressão, causando um contraste com a imagem que costuma ser veiculada das celebridades em revistas.

Segundo os curadores da Ace Gallery, onde ocorre a mostra, as imagens revelam "uma combinação irresistível de urgência e humanidade".

"Mesmo as pessoas que parecem ter tudo expressam os mesmos medos, desejos, anseios e, às vezes, um certo senso de melancolia", descreveu Schoeller.

Para o crítico de arte Ken Johnson, do jornal The New York Times, apesar da falta de expressão as celebridades ainda parecem manter "auras super-humanas"."Isso pode dizer algo sobre nós, assim como sobre eles", escreveu o crítico.

No meio das celebridades, no entanto, o artista também expôs fotografias de pessoas desconhecidas.

Perto do close-up da Meryl Streep estão, por exemplo, as imagens de índios da tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia.
Postado por Gui Veríssimo às 00:35 | 0 comentários  
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14 de outubro de 2007

Lei de Murphy

Parece incrivel quando do nada tudo resolve dar certo...

Devemos sucumbir ao nossos impulsos e agir de maneira intuitiva pelo simples fato de que você acredita na energia daquilo que sente, mesmo que no momento aquilo ainda nao te signifique nada relativamente relevante?

Temos a propriedade de inferir contextualmente sobre um posicionamento subjetivo em diversas situações cotidianas, orientadas pelas imagens, ações, palavras, reacções. As interações sociais nos capacitam para o reconhecimento de diversos signos e significados que são essencias para a manutençao da situação interativa. Contextualmente respondemos aos estimulos que recebemos, mesmo que nossas interlocuções resultem equivocadas e, assim, asseguramos a sua continuidade.

Mas num nível mais abstrato, além do contexto momentâneo, como explicar esses movimentos intuitivos que realizamos simplesmente pela vibração que uma situação ainda longe, futura, possa nos representar. Não digo somente no caso das situações prazeirosas, das quais sempre se espera o melhor, porém de situações que poderiam ser agradáveis em potencial, porém que, lá no fundo, algo te diz que é melhor não????

Ontem foi uma dessas que você aposta suas fichas, aposta alto, sem medo de dar um tiro no escuro.

Há momentos que é melhor seguir a clarevidência dos fatos futuros deixar-se guiar pela intuição e direcionar os fatos para o encadeamento pressentido pela antecipação do acontecimento histórico premeditado.
Postado por Gui Veríssimo às 18:31 | 0 comentários  
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13 de outubro de 2007

Wash away my pain

Please God!!!!! Listen to our prayers...

Postado por Gui Veríssimo às 12:51 | 0 comentários  
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Boa Fer... Valeu pela dica!



Correr atrás de borboletas
(Mário Quintana)

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele (a) cara que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem (a mulher) da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas...é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"
Postado por Gui Veríssimo às 07:47 | 0 comentários  
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É isso aí.

Postado por Gui Veríssimo às 07:14 | 0 comentários  
12 de outubro de 2007

J'adore, dadaïsme

Canção Dadá, Tristan Tzara

a canção de um dadaísta
que tinha dadá no coração
cansava demasiado seu motor
que tinha dadá no coração

o ascensor levava um rei
pesado frágil e autônomo
cortou seu grande braço direito
o enviou ao papa em roma
Postado por Gui Veríssimo às 09:39 | 0 comentários  
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11 de outubro de 2007

Are you?

Are you happy now? - Michelle Branch


Postado por Gui Veríssimo às 09:30 | 0 comentários  
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Esse é o cara...

Feiúra é mais divertida que beleza, diz Umberto Eco
Por Sylvia Westall
da Reuters, em Frankfurt

Narizes com verrugas, pele flácida e coxas gordas podem ser belos e fascinantes, segundo o escritor e acadêmico italiano Umberto Eco, que teceu elogios a corpos pouco convencionais na Feira do Livro de Frankfurt, nesta quinta-feira (11).

Eco, que está divulgando seu novo livro, "On Ugliness" (sobre a feiúra), disse que os corpos feios são mais interessantes que os belos, porque a feiúra não conhece limites.

"Descobrimos como é divertido buscar a feiúra, porque a feiúra é mais interessante que a beleza. A beleza frequentemente é entediante. Todo o mundo sabe o que é a beleza", disse o autor de "O Nome da Rosa" e "O Pêndulo de Foucault" no lançamento de seu novo livro.


"Com a feiúra, há uma infinidade de formações que podem ocorrer -- pode-se produzir um gigante, um anão, um homem como Pinóquio, com nariz comprido", disse ele.

O livro, que desenvolve o tema de "História da Beleza", que Eco publicou em 2004, narra a história da feiúra ao longo dos anos, fazendo referências a pinturas célebres como "Mulher Chorosa", de Pablo Picasso.

Embora Eco tenha admitido que a feiúra, assim como a beleza, está nos olhos de quem a contempla, ponderou que esse pendor pelo que é formado com estranheza é, na realidade, um traço universal.

"Existem rostos horrorosos dos quais gostamos. Jerry Lewis é feio, mas gostamos dele", disse Eco, referindo-se ao semblante amigável do humorista norte-americano.

Na outra extremidade da escala, o rosto do diabo pode provocar asco ou fascínio, disse Eco, acrescentando que até mesmo imagens de figuras santas revelam um fascínio com o feio.

Mas o escritor relutou em revelar seu gosto pessoal, embora tenha demonstrado apreciação por corpos de formato mais arredondado.

Indagado se achava atraente a figura de uma mulher nua e rechonchuda pintada por Fernando Botero, Eco respondeu: "Pelo menos ela não é anoréxica".

Mas, indagado sobre uma pintura do século 16 de "Uma Velha Mulher Grotesca", do artista flamengo Quinten Massys, que mostra uma mulher de boca caída e rosto que se assemelha ao de um velho, o escritor respondeu: "Talvez eu pudesse dizer, não é meu tipo!"

Postado por Gui Veríssimo às 08:27 | 0 comentários  
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Divagando...

Algumas divagações dadaístas

Por
Guilherme Veríssimo

Estas últimas semanas tem sido incrivelmente cheias de divagações. Blips aqui e acolá. Mas o mais interessante são as recorrências de certos paradigmas. Não tinha me tocado para o fato de que muitos dos solilóquios se repetiam em sujeitos diferentes...

Cada parcela de informação colhida nestes mesmos "aquis" e "acolás" se juntaram num estalar de dedos... num piscar de olhos, que liam algumas palavras dissolvidamente infantis, de um sujeito que sem conhecer meus aleatórios interlocutores, alinhavava cada excerto de conversas que também lhe eram alheias, como se estivesse registrando a maneira de um big brother um cotidiano distante, porém intimamente conhecido.

Será que a humanidade chegou ao ponto de viver padrões tão delimitados que as experiências, ainda que únicas, são as mesmas?

Fico intrigado com tal pergunta, que para escrever algumas poucas linhas, o tempo se faz demasiado extenso... Obviamente se deve uma parte ao entrecruzar de pequenas msgs de amigos virtuais, mas principalmente a amplitude da envergadura de tal questionamento. Metafísica pueril???? Ou realidade controlada??? Que padrões são esses que seguimos tão rigidamente que nos fazem iguais uns aos outros?

Faltam respostas... e também as perguntas!!! Pois estamos cegos sobre o caminho que percorremos. Trilhamos o nosso destino??? ou apenas seguimos numa esteira de produção em massa, onde nos rotulam, nos empacotam, nos vendem, nos compram... se tivermos sorte nos guardam, do contrário, se nos reciclam já estamos no lucro.

Ninguém vive aquilo que gosta ou almeja. Ninguém está satisfeito com o que possui. Ninguém tem consciência de que foram lavados os seus cérebros, que lhes foi instalado um bug que os incita a ver somente aquilo que lhes é o mais cotidianamente (ir)relevante e a preocupar-se futilmente consigo mesmo, deixando de lado a possibilidade de avançar para aqueles gananciosos demais para viver por baixo, ou para aqueles narcisistas o suficiente para gozar diante um periódico que estampa garrafalmente o seu próprio êxito.

Esse amigo me pôs para pensar nessa questão da vida cíclica, afinal nada se cria nada se perde... tudo se PROGRAMA... Estamos dentro de uma máquina magnífica, cheia de cores, de objetos e opções infinitas (para aqueles que podem, é claro); que tem seus recursos extremamente efetivos para o nosso condicionamento: o nosso comportamento é resultado dos testes dos mecanismos de persuasão desta máquina, através dos quais, a cada dia, nos tornamos menos cientes das nossas próprias escolhas, próprias necessidades.

Paramos para pensar no que estamos vivendo? Ou no que estamos comprando, usando, manuseando... Reproduzindo??? Somos reflexos de nós mesmos, e se nos olhamos em uma rua qualquer não nos queremos. Aquilo que sou deixou de ser aquilo que quero.

Parece absurdo, mas não queremos nem a nós mesmos! O que há de errado comigo para que eu não cumpra os requisitos que quero em alguém...
Pensamos isso diariamente, e não percebemos.

Estamos insatisfeitos, cansados, deprimidos. Não sabemos mais pensar por nós mesmos, nem queremos seguir com padrões fixos pois num meio tão fracionado, cheios de uma heterogeneidade cada dia mais homogênea, somos nós e somos o(s) outro(s). Isso dificulta as coisas.

Temos medo do futuro, da evolução, das máquinas, da manipulação do poder, da perda da nossa identidade, da falta de alguém para amar. E por isso, estagnamos. Não nos movemos frente nossos medos, deixamos que aquilo que tememos, meramente por desconhecer seu funcionamento, seja nosso limite, e nos tornamos apenas uma massa indissoluta de vazios joões-ninguém, incapazes de prosseguir quando nos deparamos com uma pedra no meio do caminho.
Postado por Gui Veríssimo às 00:40 | 0 comentários  
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