9 de setembro de 2009

The night, the nightmares and other issues



Sabe qndo vc acorda no meio da noite porque teve um pesadelo conhecido, velho de guerra??? Pois bem, cá estou estou tentando dormir outra vez e me lembro dessa musica incrivel do Morphine.

Muitos devaneios e divagaçoes silenciosas sobre a vida e sobre a complexidade do ser humano a parte (absolutamente naturais para quem acaba de acordar de um pesadelo) me apego a pensamentos sobre o amor, ou sobre a necesidade do amor, ou sobre a incompletude do homem...

Queria muito entender essa capacidade imensa de acreditar que algo ou alguém suprirá nossas necesidades, que nos completará e porá nossas vidas no eixo... Everything back on track, back on balance.

Lia antes de dormir um interessante post de um blog sobre as crises periodicas que enfrentamos cada quanto, e uma coisa que me chama a atençao eh que sempre enfrentamos a crise do amor, ou crise do principe encantado, ou seja la como queiram chamar.

Quando temos 15 anos, sonhamos com o principe azul (como chamam os hispano-falantes) aquele, sabe, dos contos de fada... familia nobre, cavalo branco, sangue azul... e descobrimos que somos jovens demais para parecermos interessante pra "cavalheiro" de tal envergadura.
Crescemos um pouco... e aos 20 percebemos que esse cavalheiro esta mais pra cavaleiro que outra coisa... com seu cavalo meio sujo... e alem de parecer um pouco a personagens de livro do Cervantes, vivendo suas proprias aventuras alheios a realidade. Mas ainda acreditamos que o amor está ai, soh que nao em forma de principe.

Aos 25, ja um pouco perdidos de tanto buscar sapos, e em meio a um turbilhao de responsabilidades fruto de uma crise tipica dessa idade, nos deixamos iludir por qq coisa e muitas vezes levamos gato por lebre, ou seria cavalo por cavalheiro? E em muitos momentos, duvidamos da existencia de um amor, de uma meia-laranja...

E quando nos deparamos com o nobre gentleman de sangue azul (e europeu, rss) diante dos nossos olhos, duvidamos se aquilo não passa de uma miragem por tanto camelar atras de enfeitiçados anfibios beijaveis e só conseguir nada mais que isso... anfibios. Estamos tão calejados que a apariçao da possivel completude nos parece mais delirio que realidade.

Dizem que aos 30 é ainda pior... uma tal crise de "peter pan" que leva a uma insaciavel busca da "geração dente-de-leite", fruto de outra crise tb tipicamente dessa fase balzaquiana... mas ainda nao cheguei la pra saber como é isso na pele! O fato é: a busca sempre continua.

Quando vamos perceber que nunca estamos satisfeitos??? que somos incompletos e que nunca estaremos preenchidos 100%??? E porque temos que estar completos??? por que não aceitamos o que temos, e vivemos plenamente com aquilo que nos faz bem???

Acho que soh sofre desse mal quem pensa, quem deseja, quem sonha, idealiza... pq como diz uma amiga "até menina birrenta de 15 anos casa". E ainda faz festa de divorcio "pq ta na moda"!!! E nao se preocupa se casou com um sapo ou com um cavalo gordo e manco.
Postado por Gui Veríssimo às 03:13 |  
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